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Dialogando sobre ‘tabus’ criados...

16/05/2014

Pensando e repensando sobre a diversidade cultural, social e religiosa que existe em nosso país, as professoras da Escola Municipal de Ensino Fundamental Justiniano Rocha, Elisiane Regina Krümmel de Ensino Religioso e a professora Paola Rezende Schettert de História e Geografia, realizaram uma aula integrando as três disciplinas com os alunos do nono ano e oitavo ano.

                A aula se concentrou na religiosidade e diversidade cultural afro-brasileira, onde as professoras se basearam na lei 10.639/2003 sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira. Assim, com a união de duas turmas foram observadas em conjunto imagens sobre a diversidade cultural brasileira, diferentes formas de culto e religiões, diferentes maneiras de viver em nosso país. Seguindo, o foco se concentrou sobre a religiosidade africana e as heranças que trouxe a nós brasileiros: culto a diversos deuses, ritos, vestimentas, etc.

                Porém os alunos não foram meros espectadores! Pois, a aprendizagem acontece com o contato com o outro, com a interação, sentir-se importante e não uma tábua rasa que só recebe informações. Os alunos participaram do debate e refletiram sobre quão preconceituoso é o nosso país frente a estas questões. E isso não fica somente na televisão, novela, no jogo em que um jogador é chamado de ‘macaco’... Isso acontece em nosso dia-a-dia quando discriminamos o que é diferente de nós e não entendemos. Pois a palavra preconceito vem de ‘pré’ ‘conceito’, ou seja, quando não temos um conceito definido e ampliado.

                Assim, os alunos dialogaram em grupos sobre o que eles conheceram de diferente, o que já conheciam da religiosidade e cultura africana, ser ético, respeitar o outro. O próximo passo é a produção de textos, desenhos e cartazes sobre temas: No que meu olhar sobre a religião negra mudou? Como ser ético frente às diferenças? Como eu vejo a diversidade religiosa no Rio Grande do sul e na minha realidade?

                Acredita-se que a conscientização de nossa realidade, da diversidade, da ética, de valores e respeito é também compromisso da escola. Porém, torna-se mais válido quando unido com os meios de comunicação, famílias, instituições públicas e privadas em prol de uma sociedade mais justa, igualitária e fraterna.

 

Elisiane Regina Krümmel-   Licenciada em Ciências pela Universidade de Passo Fundo e Faculdade de Teologia e Ciências Humanas pela ITEPA Faculdades.

Paola Rezende Schettert- Licenciada em História pela Universidade de Passo Fundo