A nossa Escola a serviço da informação e formação
08/10/2014
Como você se informa? Através da mídia e postagens de redes sociais? Mas é uma fonte confiável? Frente a estas questões e questões sobre a vida e trabalho carcerário, os alunos do oitavo e nono ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Justiniano Rocha elaboraram perguntas sobre o sistema penal do Rio Grande do Sul. A organização destas perguntas e o surgimento destes questionamentos aconteceram nas aulas de História e Geografia, quando discutíamos sobre a sociedade, direitos, deveres e legislação.
Dúvidas estas, com pouco embasamento e conhecimento. Para respondê-las houve a motivação dos alunos e professores para recepcionar palestrantes que trabalharam ou trabalham na Superintendência dos Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul (SUSEPE).
Assim, dois funcionários da Susepe estiveram em nossa escola no dia 10 de setembro, pela manhã: um Agente Penitenciário aposentado Sr. Paulo Roberto Schettert; e a Assistente Social Srta. Viviane Rodrigues. Foi uma manhã proveitosa, cheia de dúvidas, polêmicas e esclarecimentos.
Cada profissional especificou sua função dentro do sistema penal. Inicialmente a Assistente Social Viviane Rodrigues, explicitou sobre o seu trabalho e demais possibilidades de um Assistente Social. Onde o principal objetivo deste, dentro do sistema penal é empoderar as pessoas privadas de liberdade a conduzir sua vida a caminhos positivos a si, a sua família e a sociedade. A Assistente explicou também sobre os direitos dos detentos, desconstruiu mitos- como o que todo detento recebe um salário, sobre a alimentação, entre outros.
Seguimos com a fala do Agente Penitenciário aposentado Sr. Paulo Roberto Schettert, onde ele relatou um pouco de sua experiência na SUSEPE e motivos que o fizeram entrar nesta profissão. Em um segundo momento, ele apresentou sobre algumas leis do Código Penal e como funcionam na prática, os crimes mais comuns da região norte do Estado, tipos de punição, redução de pena de acordo com as leis, dia-a-dia nos presídios e muitas outras dúvidas que a plateia tinha sobre o assunto.
O diálogo se estendeu com ambos os profissionais e nem percebemos a manhã passar. O objetivo deste trabalho foi de conscientizar a comunidade escolar sobre direitos, deveres, legislação penal, além de escutar diferentes profissionais; também foi uma possibilidade de motivação aos nossos alunos e professores a pesquisarmos em diferentes fontes e ter discernimento sobre o que ouvimos falar nos jornais, televisão, internet, ou seja, através do senso comum.
Finalizando, não se deve esquecer que é compromisso da escola, família e comunidade prezar pela formação humana de nossos jovens. Logo: “acreditar no ser humano, é mudar o rumo de muitas histórias. Cabe a nós, ajudarmos a construir um novo futuro para nossa sociedade”.
Paola Rezende Schettert - Professora de História e Geografia